Desde 2002. Já passamos por muita coisa. Por vezes insignificante, mas o que interessa é que passamos. Sinceramente não me lembro de grande coisa do passado, peço desculpa mas o que me lembro é mais recente.
Lembro-me que andamos cinco anos na mesma escola e sete anos na mesma turma, mas vamos ser amigas para sempre (ok, não estou a dizer isto! Eu não acredito no para sempre. Mas para já está a durar). Lembro-me de festejar os meus queridos onze anos em casa com uma festa e tu estares presente com o teu cabelo comprido que fugiu e ainda bem. Lembro-me que, nesse mesmo ano, tu me ofereceste o CD original da Avril. Lembro-me de nos encontrarmos na praia no Algarve. Lembro-me de ser muito tua amiga e de não o ser também (falo disto mais à frente. Mereces uma explicação). Lembro-me que, graças a ti e à Baquestina, tirarmos uma fotografia com o Preto (um rapaz muito lindo, por sinal). Lembro-me de comprarmos gomas na D. Celeste. Lembro-me de limparmos a estufa em área de projecto e eu te dar com o ancinho. Lembro-me de me deixares enervada por seres “a menina”, irritava-me (nem tudo são coisas boas, realmente. Mas pronto, isto acontece. Tinha doze anos). Lembro-me de seres tu e a Vera a ensinarem-me a andar de autocarro. Confesso que eu tinha medo que me levassem para longe, mas tu sempre dizias “todos os autocarros vão dar à Alameda” e eu ficava mais descansada. Lembro-me de termos a mesma melhor amiga e partilharmos segredos muitos coisos que ainda hoje me põem a pensar. Lembro-me de nos rirmos muito com certas e determinadas coisas. Lembro-me de cantarmos a “Besame mucho” nas aulas de música do quinto e sexto ano e tu seres perfeita a cantar. Lembro-me de ganharmos o peddy paper do sexto ano. Lembro-me de seres delegada no quinto ano e eu ser a subdelegada (eu votei em ti). Lembro que, mais recentemente, participamos no sarau 2009 e 2010. Lembro-me de estarmos na mesma situação a matemática, sim, infelizmente. Lembro-me de lancharmos na supremo. Lembro-me das reuniões do MCE. Lembro-me de tudo recentemente, não vou estar a contar o meu dia-a-dia, sim porque estás presente nele.
Bem, até me lembro de muita coisa do passado. E, como disse anteriormente, nós éramos muito amigas mas deixamos de o ser, mas agora somos semi-amigas. Para quem não sabe, semi-amigas significa que gostamos muito uma da outra mas só de vez em quando é que mostramos.
Não consigo explicar-te a razão pela qual eu e tu nos termos afastado tanto no nono ano, suponho eu. Há coisas que acontecem e essa foi uma delas. Eu comecei a dar-me bem com o outro grupo da turma (sim, porque todas as turmas onde andei tinham grupos) e aí acabamos por nos afastar. Não tinha nada contra ti, que me lembre, mas afastamo-nos porque os “grupos” não se davam perfeitamente bem, mas também não partiam para a violência. Desculpa ter sido estúpida contigo!
Deves estar a pensar porque razão é que estou a escrever isto para aqui, mas sinceramente não encontro explicação. Estava a pensar em ti e fui ver o teu blogue (cliquem na palavra blogue para aceder ao blogue da pessoa a quem se destina este texto) e vi “imaginação e sonho” e pus-me a pensar em tudo o que passamos e só me lembro de pensar: “imaginação e sonho? Mas isto é tudo real”.
A sério! Eu gosto de ti, gosto muito de ti, e agradeço-te estares presente na minha vida todos os dias! Agradeço-te também por me ensinares a tocar guitarra e teres paciência para me aturar. Ah! Lembras-te quando disseste que querias um texto de mil palavras? Eu lembro, disseste-me durante aquela aula de matemática em que éramos à beira uma da outra, como sempre, que até chegamos a criar uma música que um dia vamos gravar e mandar à stora que já está à espera à mais de um ano, naquela aula em que supostamente devíamos ter aprendido as sucessões. Bem, não tens aqui um texto com mil palavras, mas tens um com oitocentas e trinta e um mais um (foi contado ao fim e todas as palavras contam. Mais um bocado e chegava às mil, mas é estranho contar porque o contador do Word conta também a contagem e setecentas e um é diferente de setecentas e oitenta e dois e dá logo confusão).
Espera pela próxima vez que pensar em ti e talvez tenhas o resto, ou até mais. Visto assim até parece que nunca penso em ti, mas penso. Agora fora de brincadeiras (eu falo sempre a sério), eu adoro-te mesmo, do fundo, como se adora uma amiga do peito, tipo tu, estás a ver? Qualquer dia ofereço-te uma rocha, minha gata geóloga mais linda, para que exponhas e que, quando olhes para ela digas, que linda que é a pessoa que me ofereceu aquele calhau. AHAHAH. E como tu dizes, cumprimentos, mas eu digo, até amanhã (L)