«A minha vida? Não é fácil de explicar. Não tem sido o percurso naturalmente esplêndido que eu imaginava que pudesse ser, mas também  não tenho sido nenhum fura-vidas. Cálculo que tenha acabado por se parecer mais com um tesouro: honestamente estável, mais altas que baixas, e gradualmente tendendo a subir com o tempo. Uma boa compra, uma aquisição sortuda, e aprendi que nem toda a gente pode dizer o mesmo da sua vida. Mas não se iludam. Não sou nada de especial e disto estou certo. Sou um homem vulgar, com pensamentos vulgares, e vivi uma vida vulgar. Não há monumentos dedicados a mim e o meu nome em breve será esquecido, mas amei outra pessoa com toda a minha alma e coração e isso, para mim, é que contou!»
Diário da Nossa Paixão