Pus-me a pensar e apetece-me escrever. Pensei mais um pouco sobre o que iria escrever e lembrei-me do verão, de quando éramos só eu, tu, no mesmo sítio e todos os dias. Queria escrever uma coisa para ti, para que quando lesses entendesses que sinto saudades. Mas nada me chegou ao pensamento a não ser a mudança repentina de ti, de nós, do espaço. Como é que todas aquelas palavras sentidas e sinceras passaram a ser criticas e da tua boca começou a sair tudo de mal sobre mim? Será que existe alguma explicação? Como foi possível um sentimento mudar assim? Tínhamos planos, estratégias e conversas, tínhamos tudo, até amor. E agora? Não temos nada a não ser estas críticas que fazes, às vezes só com o olhar, a tudo o que digo, faço e penso até. Tudo bem que as coisas mudam, mas assim? Sonhamos que quando fossemos para outra escola, outra cidade que nunca iriamos deixar de nos falar, mas parece que deixamos de falar continuando a morar no mesmo sítio e a frequentar os mesmos lugares. Que se passou? Onde errámos? Tenho tanto para dizer mas como? Quando? Onde? Será a altura indicada? Qual será o momento certo? Tenho muitas saudades do antes e quero que o depois seja contigo, mesmo que a cada dia que passe pense o contrário. Por muitos conflitos, zangas, mentiras e traições que hajam, eu ainda gosto muito de ti. Recomeça!

Este texto foi escrito algures no mês de Abril. Mas parece que o recomeço já começou. 
(ei, isto soou mal)

Pode ser que um dia deixemos de nos falar, mas enquanto houver amizade faremos as pazes de novo (...) Pode ser que um dia nos afastemos, mas se formos amigos de verdade, a amizade nos reaproximará.