mais do mesmo

às vezes precisava de um “gosto muito de ti”, de um “tenho muito orgulho em ti”, de um “fazes-me falta”, de um “és muito importante”, de um “preciso de ti”, de um “fazes-me bem”, de um “és linda”, de um “és uma boa pessoa”, de um simples gesto de carinho, de um abraço, de um beijo, de um toque, de um mimo, de um “eu não vou desistir de ti”, de um “eu acredito em ti”, de um “tu consegues”, de um momento, de um segundo, de uma mensagem, de uma palavra, de uma manhã, de uma tarde, de uma noite, de uma prenda, de um estado, de uma frase no twitter, de uma foto no facebook, de um mail, de alguma coisa, alguma coisa que me tire deste estado. às vezes preferia nunca ter sabido como é que era o toque, o beijo, o abraço, as palavras, os “gosto muito de ti”, nada, preferia não ter conhecimento de nada, pelo menos morria na inocência e não desesperava até deprimir por alguma coisa deste tipo. assim, não sabia como era, não sentia falta daquilo. mas é mesmo assim. há que aproveitar, mas sem habituar. o problema é que já é tarde demais e estou quase a morrer por isso. e mais uma vez, estou eu derramada em lágrimas porque há fases menos boas, como a de hoje, por exemplo. fim.