Bem, já há muito que não faço isto. Já nem me lembro como se faz. Estive a ler posts antigos e eu era tão apaixonada. Gostava tanto de tanta coisa. Como eu mudei minha nossa. Mas o que importa é que eles mudaram comigo. Habituaram-se a mim, gostam na mesma de mim, nunca me abandonam. Suportam todo o tipo de estados emocionais e dão-me na cabeça quando é preciso. Como muita coisa mudou num ano. Mais perto ou mais longe, eles estão lá. Meus grandes amigos, meus melhores amigos. Falamos em casamentos, filhos. Falamos num futuro, juntos. E é certo que cada vez mais acredito que estaremos juntos daqui a uns anos. Aconteça o que acontecer. Já disse coisas das quais me arrependo. Já considerei grandes amigos, melhores amigos até, pessoas que agora não me são nada e nunca me deram valor. À primeira oportunidade foram. Continuo acreditar que os amigos sabem de todas as tuas histórias e os melhores amigos vivem-nas contigo. E não é verdade? Vem gente, vai gente, é um entra e sai neste grupo. É um entra e sai na minha vida, mas o que eu cada vez mais acredito é que eles não me fogem. Cansei de para sempres, cansei de jurar e prometer coisas. O que tiver que ser é, seja agora ou amanhã. Hoje posso gostar, amanhã posso adorar mas depois posso gostar menos um bocadinho. Não sei. Sou incerta. Não sou bipolar, sou incerta. Hoje pode-me apetecer correr por aí fora e amanhã nem me apetecer sair de casa. Hoje posso estar com paciência para conversas da treta e amanhã nem me apetecer pegar no telemóvel. Eu sou assim, antigamente não era. É estranho ler como eu era. Como dava tanto valor e me podia magoar tanto. Mudei, mas para quem me acompanha desde sempre, sou eu. Sempre eu. Continuo a não passar a química, continuo a trabalhar na olá, continuo a frequentar os mesmos sítios e continuo com as mesmas pancas de sempre. Eles gostam de mim. Mesmo que as coisas não corram bem para meu lado, ou mesmo que corram. "Até os momentos tristes partilhamos" e é verdade. Sinto orgulho em ter os amigos mais anormais de sempre. Sinto orgulho em dizermos e fazermos coisas nada a ver mas que para nós tem todo o sentido. Somos nós, com todo este amor e anormalidade. Mas nunca nos abandonamos. Afinal, temos todos vidas diferentes mas continuamos aqui com a nossa amizade firme e segura!